sexta-feira, 30 de novembro de 2007

E daí que a TV Digital estréia no domingo? Um negócio restrito à São Paulo e só pra quem possui o tal do conversor (o mais novo brinquedinho caro pro brasileiro desejar, já que DVD e celular todo mundo tem) e que só cobrirá o restante do país bem pra lá de 2013 e aqui no Ceará provavelmente quando a Copa no Brasil tiver findando. Que troço devagar é esse?
TV Digital é coisa de país bem-alimentado, da linha do Equador pra cima e de Greenwich pra lá, que não tem mais do que se preocupar. Aqui tem fome demais pra falar em 'interatividade'. E quando escuto "interatividade na tela da tevê" me vem à mente aqueles spans e correntes de compra e venda que chegam de carradas na minha caixa de entrada e que me dificultam a vida.
Se eles inventassem como transferir cheiro pela TV e modificassem a grade terrível de domingo eu já me dava por satisfeito, agora dessa interatividade, multiprogamação e digitalização, eu tenho meus receios.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Foi esse o vídeo que exibimos hoje no finalzinho da nossa apresentação pro seminário de encerramento de semestre. Calhou direitinho com o projeto. Muito bom. Não, não fui eu que fiz. Mas bem que poderia ter feito. É mais uma dessas coisas interessantes que de vez em quando você encontra perdida no meio das porcarias que existem na internet.

sábado, 24 de novembro de 2007

Acupuntura é um troço que eu nunca fiz. Mas tenho a nítida impressão que é uma das melhores coisas já desenvolvidas pelo cabeção do homem. Negócio oriental, então é de confiança. Só de olhar praquilo dá pra sentir a tensão se esvaindo nas mini-antenas e indo pro espaço.
Andar de buzão é uma experiência enriquecedora de vocabulário e de comportamento. Querendo ou não você socializa ou "só se alisa". Nessa convivência obrigatória, na condição de 'branquelo' que sou, já fui confundido de gaúcho à alemão.
Certa vez, em Fortaleza, o matorista deu uma daquelas freadas descabidas que fez um bêbado surgir sabe Deus de onde e cair justamente no banco onde estou sentado. Ele vira e murmura um "foi mal" automático, cinco segundos depois ele volta e manda um "ah não, é 'sólri'(sorry) né?"
Num dou mais a menor pelota pra isso, pelo menos nunca me chamaram de 'briba' como aconteceu com uma amiga do colégio(também do mesmo tom de pele que eu) que tomava sol na praia.
Gostaria apenas de fazer uma ressalva e um minuto de silêncio para os artigos do wikipedia que são extremamente necessários, porém repleto de erros ortográficos gritantes. Como no trecho do post abaixo. Só hoje reparei, isso é o que acontece quando não se acessa o próprio blog.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Quero morar em Denver por uns tempos, assim que possível. Conheci o lugar pelo "Passagem para" do Futura e desde então tenho esse planejamento/projeto na vida. Cidade universitária, mega-desenvolvida e com um frio espetacular. É pra lá que eu vou.

Denver no Wikipedia:
"Denver é a capital, a maior cidade e um dos 64 condados do Estado americano de Colorado. A cidade propriamente dita possui 557 917 habitantes, com cerca de 2,3 milhões de habitantes em sua região metropolitana.
Denver têm uma clima semi-desértico, com quatro estações diferenciadas, muita influenciondadas pela proximidade das Montanhas Rochosas. A temperatura média anual é de 10.1 °C e a média anual de precipitação é de 402mm, A neve chega a Denver em meados de Outubro e podem prolongar-se até ao mês de Abril.Os Invernos podem ser moderados com temperaturas suaves, Em 1990 registou-se o recors de -29 °C. A Primavera pode ser húmida por causa dos ventos que vêem da costa oeste. Março é o mês em que maus neva na cidade. As temperaturas podem elevar-se devido à influência do Golfo do México. O Verão também é seco e as temperaturas médias são de 29 °C de máxima e 13 °C de mínima. No Outono o ar proveniente do Ártico provoca nevões ao chocar com o ar húmido vindo do Pacífico.Novembro é o mês que neva mais.
A cidade de Denver possui uma vasta rede de auto-estradas, que a ligam aos estados vizinhos, como a Auto-estrada estatual I-25 e I-75. Um metrô de superficie faz um percurso na cidade de Denver, percorrendo trinta e sete estações. Em Novembro o metrô de superficie de Denver conhecido localmente por "TheRide" sofreu a sua primeira expansão. O Aeroporto Internacional de Denver é o principal aeroporto servindo a região metroplitana de Denver, um dos dez mais movimentados dos Estados Unidos, sendo um dos centros operacionais da United Airlines".



Maria Cheia de Graça é um típico filme da linha "pior que é verdade" que vi hoje e que me deixou com um nó no estômago pensando como alguém em plena juventude e com total sanidade mental é capaz de cometer uma estupidez daquelas. É o retrato do 'sonho americano' levado às últimas conseqüências. É burrice ao extremo que acontece todos os dias e ninguém percebe e nem nada poderia fazer além de lamentar.

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Três mocinhas me colocaram no túnel do tempo agora há pouco me fazendo remexer nas coisas do tempo do colégio que elas precisavam e procuravam não entendi bem pra quê.
Eu sei que sou um saudosista inveterado. Vire e mexe me pego em cima dessas coisas empoeiradas que me fazem voltar no tempo e que guardo sem motivo nenhum a não ser por saber que um dia precisarei delas, como hoje.
Faço isso porque o futuro não me atrai. O que me agrada mesmo é a segurança do passado, de que nada inesperado venha acontecer. Não gosto de surpresas, prefiro firmar o pé no chão e saber que tenho o controle da situação. Daqui pra frente... o daqui pra frente é o que menos importa. Só carrego nas costas a experiência vivida, meu passado. E o futuro... o futuro é muito incerto pra que venha influenciar o meu presente.
Das bandas que eu mais escuto e que quase ninguém do meu convívio conhece, "Stretch Princess" supera todas. Abaixo, um dos sons do grupo. E neste link você encontra quase nenhuma infirmação sobre eles.
Quando me sinto deprê são essas músicas que escuto. Aimee Mann funciona como um Prozac, só que pelos ouvidos.
Enough


Save me

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Cidade pequena tem um esquema próprio que tira a individualidade da pessoa. Lá você não é só você, você é você e sua família inteira junta, você representa e zela a imagem de todo mundo, por obrigação. Primeiro que ninguém é desconhecido e nas ruas dizem bem assim: "Ah, aquele é filho de fulano, neto de sicrano". Chamar pelo nome mesmo, é raro.

A vida de cada um, para a cidade pequena, é comunitária. Eles ainda, gentilmente, definem seu destino: "Olha lá o filho do beltrano, quando crescer vai ser médico. Tem até cara de médico". Na verdade, as profissões valorizadas se resumem em ser: médico, advogado, médico, engenheiro, médico, dentista e médico. Exatamente nesta ordem.

Cidade pequena não tem cinema, não tem teatro, não tem museu. Cidade pequena tem praçinha, de preferência ao redor da igreja. "Vamos pra onde?" Na sexta, praça. No sábado, praça. No domingo, praça. Aí você põe a melhor roupa, assiste a missa, dá duas ou três voltas na pracinha, e depois vai pra casa assistir ao finalzinho do Fantástico. Quando a coisa desenvolve, a pracinha ganha quiosques. Vira o futuro.

Cidade pequena tem briga de família fora de casa, com platéia. Tem quem discute até tirar a roupa do outro no meio da rua. Tem gente que "dá parte" no fórum. Tem gente que "enrreda" no rádio. E tem programa de rádio especializado nisso.

Cidade pequena é esquecida. Só lota em período de eleição, ou quando é dia do padroeiro, ou quando o time local joga.

Festa tem duas vezes por ano. A cidade pequena também lota. Fica cheia. Fica 'a capital'. A cabeleireira se mata de tanto fazer escova. Nas ruas, logo cedo, as moças já andam de bobs pra mostrar que hoje tem. Antes da festa, todo mundo na pracinha.

Cidade pequena faz excursão uma vez ao ano pra praia e quinhentas vezes à Canindé.
Cidade pequena tem bandinha com integrantes na terceira idade pra tocar no desfile de 7 de setembro e primeiro de maio.
Cidade pequena tem sempre uma comunidade no orkut com o nome dela seguido da expressão "é um ovo".
Cidade pequena não aparece no Google Earth. Lá ela não passa de uma mancha borrada.
Cidade pequena fica sempre pequena. Quando cresce é no contingente carcerário.
Cidade pequena é a materialização do tédio. E qualquer dia ela fecha, por não ter nada o que fazer.
Jeri em destaque agora no Terra. Jeri é 'o cenário'. Quando eu morrer, é pra lá que quero ir. Logo eu que fujo de praia. Sentiu o drama então.
A primeira e única vez que estive em Jeri teve tudo pra dar errado. O carro(tempra- baixinho-rente ao solo-'ótimo' pra se movimentar na areia) atolou quatro vezes, duas na ida e duas na volta. O negócio lotado, seis pessoas no total. Uma delas, uma senhora que nos acompanhava, ingeriu pílulas não sei de quê e veio a metade da viagem dormindo e babando feito uma mula no meu ombro. Cheguei meio torto, meio capenga, meio nauseado, meio querendo ir embora. Mas o lugar compensa qualquer esforço. Só sabe quem conhece. Não dá pra explicar. Jeri não tem explicação.
Achei outro vídeo no mesmo nível do anterior. Acendo uma vela pra alma do responsável pela criação desses filmes pro Futura.
Esse vídeo da F Nazca em comemoração aos 10 anos do Canal Futura é uma das melhores coisas já exibidas na tevê. Texto bacanudo, trilha pegajosa e imagens bem montadas. Publicidade é um troço mágico mesmo.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Ontem assistimos e debatemos, digo, debateram na aula, o filme "Crianças Invisíveis" do Spike Lee, Kátia Lund, Ridley Scott, John Woo e mais uma penca de gente. Na verdade são sete curtas retratando a infância(ou perda dela) em diferentes países na visão de cada diretor. O lance mesmo é abrir a mente e preparar o corpo pra receber cada cena da obra. É realidade injetada na veia. Achei pesado, mas muito bom. A última história, por exemplo, é de verter lágrimas.

domingo, 11 de novembro de 2007

Morar no interior é ver tudo acontecendo e só, mais nada. Queria muito ter ido ao BlogCampCE. Bacana o esquema do evento, pelo que li foi de alto nível. Mas o período não era propício à viagens, nem os deveres me permitiam. Acompanhei todo o desenrolar da história pelos sítios dos blogueiros envolvidos. Que são muitos(deu preguiça de citar). É padrão ter essa relação, esse envolvimento surgido nesse tipo de projeto. É um dos lados positivos do jogo, a parte boa, o intervalo da aula, o pit stop.

Eu sou calouro nessa área, e toda dica é válida, cada toque é importante. Muita gente experiente no assunto tava lá, repassando informação, compartilhando conhecimento. Sei que perdi muito em não ter ido. Mas o próximo já agendo com antecedência, tomo vergonha na cara e compareço.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Segundo a reportagem que vi outro dia, cachorro reconhece cheiro do dono à léguas. Discordo. Ou então a representante canina que temos aqui em casa veio defeituosa. Qualquer pessoa habituada com ela que chegue ao portão é recebida como se fosse um delinqüente recém foragido. Latir e morder mão é a especialidade dela.
É meio tapada também. Não adianta ensinar, adestrar. Nem na base do grito, da ameaça ela coopera. E tem vontade própria. Vivia de ração mas depois que provou de comida mesmo fez greve de fome. Ficou finíssima, esquelética, quase um etíope. Agora que passou a compartilhar do nosso alimento tá que nem uma bezerra leiteira, um gado de corte pronto pro abate.
Eu não sou chegado a animal, e ela sabe disso. Por isso faz do meu quarto o banheiro oficial. Chego da faculdade tardão da noite e sempre tem uma poça enorme de 'número um' no pé da cama e uma fileira de 'número dois' espalhados pelo chão até a porta, daí ela some e só aparece no dia seguinte com a maior cara de "não é comigo isso".
Estou tentando entender como a pessoa dá à luz sem saber que está grávida. Suponho que pra fazer uma redução de estômago seja necessário exames. Como não se constatou isso no de sangue? Ou será que a moça era tão distraída ao ponto de não questionar a ausência da menstruação durante todos esses meses?

PS- Protestar é sinônimo de tirar a roupa. É isso mesmo? Petrobrás, INSS, People + Arts...
O twitter tem uma parcela de culpa considerável na redução de posts nessa página. Vicia mais que blog. Sem falar que é mais rápido, ágil e prático. Dá pra ler e atualizar até pelo celular.
Se quiser me seguir, basta entrar neste endereço aqui.

domingo, 4 de novembro de 2007

O mundo se divide entre dois tipos básicos de pessoas: as desagradáveis e as que seguem o lema dos hippies de 1967.
As desagradáveis têm o dom da discórdia. Contaminam tudo ao redor, feito gás sarin. Fazem isso com prazer, prazer em incomodar, prazer em ver os outros sofrerem, brigarem. Incitam a discussão como numa rinha de cachorros. Quanto mais danos mais infla-se o ego.
Já os hippies ou pseudo-hippies de 67 têm o espírito materno da pacificação. Agem como mães apaziguando rixa entre irmãos. Com o 'V' formado nas mãos comungam do laissez faire, laissez aller, laissez passer. Esquece e deixa ir. Mágoa é coisa ruim e faz mal a saúde.

Num mundo de desagradáveis, um seguidor dos preceitos 'hippianos' está quase em extinção. Mas existe... ou pelo menos deveria existir, senão, faz bem pensar que ainda existe. Mal é que não faz.
"Quando eu era menino, os mais velhos perguntavam:
- Que é que você quer ser quando crescer?
Hoje não perguntam mais.
Se perguntassem, eu diria que quero ser menino."

Fernando Sabino

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Para 2008 a promessa é ser menos ansioso, parar de roer as unhas (leia-se os dedos) e fazer um curso de Libras. Não sou de falar muito. E poder se comunicar com as mãos é interessante.
Esse é o resultado das quatro horas de aula sobre Nietzsche na última quarta.