terça-feira, 26 de maio de 2009

Das séries que já se foram

A que mais me faz falta é Felicity. Disparado. Mas isso só porque LOST ainda não acabou, em 2010 a conversa vai ser outra. Certeza.

Perdi as contas

Perdi as contas já de quantas vezes vim até aqui só pra reclamar de como o "tempo livre" faz falta e tá raro de se encontrar hoje em dia. Se você acompanha esse endereço há algum tempo sabe do que tô falando, se não basta ver nos arquivos como os posts estão reduzindo consideralvelmente em frequência de postagens se comparados a dois anos atrás quando comecei a ocupar esse espaço na rede.

Pois bem, a novidade que trago agora fica por conta de que esse tempo não só tá cada dia mais difícil de se ver como também agora me dei por me vigiar e me julgar com o que faço dele nas vezes em que ele aparece. Não consigo mais ler só por ler, leia-se por "prazer", pra passar o tempo. Nem ver TV sem aquela despretensão de antes. Nem ir ao cinema e assistir ao filme como quem quer só ficar ali e esquecer do mundo lá fora.

Sei que parece pura nóia minha, mas o fato é que é essa a sensação que dá. Fico pensando em tudo que tô "perdendo", todo o conteúdo técnico que eu devia tá aprendendo, toda a teoria, ou tudo que estou deixando de conhecer afogado nesse ócio. Um ócio que é totalmente saudável e necessário, eu sei. Tem horas que pensar menos, o mínimo possível, ou pensar da forma mais inútil que existe faz um bem enorme, equilibra e funciona meio como uma folga mental. Mas não posso ser hipócrita comigo mesmo e me negar isso porque é assim que me sinto.

Faz tempo que tenho notado isso. Os papos que tenho não são mais como antes, os filmes que vejo não são mais os mesmos, nem a rua que passa pela janela do carro parece mais a mesma. Fico tentando fazer conexões, conclusões, comparações, análises, enfim... Vai ver é só uma crise ou um resultado (talvez até esperado) do meio do curso, ou quem sabe é ele que tá me desnorteando de vez, mas o tal do "tempo livre", esse mal se tem ouvido. E quando tem pode ser chamado de tudo, menos de livre porque isso ele não é.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

E numa dessas terças que se passaram

Mais exatamente na da última semana, dia 12/05, me apareceram com isso. Com uma vela recém apagada em cima, me lembrando que de uns tempos pra cá os anos praticamente se esvaem feito aquela fumaça. Somem e escapam pelos dedos. E lá se vão vinte e um aniversários e vinte e uma cenas como essa.

domingo, 17 de maio de 2009

A graça de um curta

Está justamente no poder de síntese. Ver e compreender em poucos minutos aquilo que levaria dezenas de minutos desperdiçados em um longa. É lapidar os excessos e deixar só a essência, o necessário. "Signs" é assim:

sábado, 9 de maio de 2009

"Vozes do sequestro"

É o nome de um programa de rádio colombiano que existe desde 1994, mas que eu só fui tomar conhecimento há poucos dias atrás. A lógica do programa é bem simples: como todo país subdesenvolvido, a Colômbia é a própria crise econônima/política/social em forma de nação. E os casos de sequestro por lá se tornaram tão comuns com o passar do tempo quanto bala perdida ou assalto por aqui. E diferente dos brasileiros, os sequestros colombianos perduram anos, não há sequer pedido ou acordo de resgate, nada disso. As facções simplesmente sequestram e somem floresta adentro. O próprio jornalista e apresentador do programa, Herbin Hoyos, foi vítima de um desses sequestros, e é esse um dos motivos que o levaram adiante nesse projeto, o porquê mesmo você encontra clicando aqui. O mais interessante é que o programa funciona como elo entre as famílias e os sequestrados, e o mais importante: une estes com a vida e com a esperança de um dia serem libertos. Imagine você preso no meio de uma floresta, longe de sua família há anos e tendo como único contato com o mundo externo um radinho de pilha, e uma vez por semana é por ele que lhe chegam os acontecimentos de uma vida que lhe foi roubada. É assunto que renderia um longa, mas é fato e acontece logo aqui ao lado, mais perto do que se imagina.

Tem certas coisas que só se conhece mesmo na prática. Vendo, tateando, sentindo. É por isso que os melhores livros sobre a 2ª Guerra não são livros de verdade, mas relatos diretos daqueles que ficaram pra contar o que viram e sentiram naqueles dias. O mesmo pode ser dito dos judeus que passaram pelos tempos de nazismo e também dos sobreviventes do 11 de setembro. Nenhum livro de História, por melhor que seja o historiador responsável por ele, consegue ser mais fiel do que as palavras daqueles que souberam na prática tudo aquilo que nós, anos depois, viríamos a ler e ainda lemos nas escolas, nas bibliotecas, enfim.

Vejo esse jornalista, como um desses sobreviventes da guerra ou do nazismo, o que de certa forma ele é mesmo. E o que ele fez com isso foi melhor do que ter posto tudo em livro. Na verdade foi uma obra não praqueles que um dia poderão saber sobre o que lá aconteceu, mas sim praqueles que ainda lá estão, que ainda vivem uma guerra, um "nazismo" e enfrentam atentados quase que todos os dias no meio da selva.

Estamos em pleno século XXI

Mas ainda existem certos aparatos tecnológicos que me deixam com cara de besta, feito criança que vê o mar ou vai no parque de diversões pela primeira vez. Assim é esse vídeo do The Killers tocando "Human" no EMA de 2008. Veja e entenda o que quero dizer.