domingo, 17 de janeiro de 2010

Retiro o que eu disse no post abaixo

Pelo menos em parte. Existem certas coisas complexas, mirabolantes e complicadas que causam fascínio na gente tamanha é a confusão mental que fica martelando a nossa cabeça dia após dia, no caso, episódio após episódio. E eu estou falando de... de... ãh?... ãh?...

Lost, é claro.

E se prepare que em 2010, mais conhecido como "o ano em que Lost acaba", você vai ouvir/ver/ler muita coisa relacionada a essa que é de longe a melhor coisa já feita/vista na história da televisão. E creio que nesse posto ela vai permanecer por muitos e muitos anos. Afirmo isso sem receio nenhum, pois não há... NÃO HÁ... NÃO HÁ... nada minimamente parecido ou no mesmo nível de Lost. Concordo que exista muita série boa por aí também, algumas que nos fazem rir, outras nos fazer verter uma lágrima ou outra, algumas fazem as duas coisas, outras nos assustam, nos surpreendem, nos questionam, põem em cheque nossos valores e pontos de vista, enfim, a lista é imensa, e todas elas merecem seu reconhecimento. Mas Lost é a única que traz consigo toda essa gama de sentimentos. Em um único capítulo temos comédia, drama, suspense, aventura, absolutamente tudo, em doses certas e no ponto exato pra causar o efeito necessário e não cair no exagero em momento nenhum. Sem falar no roteiro absurdamente inteligente e inovador que te prende amarrado e acorrentado, tremendo e suando pra ver o que vai acontecer logo em seguida. Isso tudo, é claro, se você acompanha a série desde o piloto, porque do contrário - e esse é o maior problema pra quem se aventura a assistir um episódio ou outro por acidente - você não vai compreender absolutamente nada, vai achar aquilo tudo um tremendo tédio e sem próposito algum de existência. E pior, vai ficar sem conhecer uma obra que já nasceu clássica e épica desde a sua concepção. E eu como telespectador, fã e admirador de JJ Abrams e de Lost tenho orgulho, orgulho mesmo, de ter nascido e vivido pra ter visto isso desde o início e acompanhado fervorosamente até o final. Ela foi e é algo que com toda certeza marcou a história da tevê, do cinema, da linguagem audiovisual e de tudo que perpassa esse mundo, seja pelos números estratosféricos de audiência, de orçamento em cada episódio, seja em termos de qualidade, o que de fato é inquestionável.

E que venha 02 de fevereiro. A última temporada (finalmente?) vem chegando, e é com uma mistura de ânsia e pesar que espero por essa data, por esse tão aguardado final que o destino insiste em chamar.


PS - Eis a última imagem promocional divulgada na imprensa com os personagens em uma menção à "Última Ceia " de Da Vince. Detalhe: com Locke no lugar de Jesus Cristo; Saiyd como Judas; Sawyer fazendo as vezes de Pedro; Jack como Tomé (aquele que só acreditava vendo, sugestivo?); e Kate onde "supostamente" estaria Maria Madalena... Vai entender o que JJ pretende com isso... Boa coisa é, garanto.

PS 2 - E o vídeo promo, fazendo um resumão preparando os ânimos para o que vem pela frente:


PS 3 - E uma gravação feita no painel da série na Comic Con do ano passado e que em 30 segundos me fez arrepiar até os fios de cabelo do dedão do pé:

Parei no tempo

E deixei minha mente e minha alma sozinhas a andar por aí ao ouvir essa música do vídeo logo abaixo. Digo e repito sem medo nem dúvida nenhuma: coisas bem feitas não precisam ser densamente pensadas, repensadas, muito elaboradas e conplicadas. O difícil mesmo é ser simples, objetivo, direto. Pegar o que já é conhecido e usual e fazê-lo parecer novo. Isso é um exercício que poucos, muito poucos mesmo, conseguem alcançar. Mas Marcelo Jeneci e Laura Lavire, felizmente, conseguem... E é à respeito disso que me refiro: