sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Segundo a reportagem que vi outro dia, cachorro reconhece cheiro do dono à léguas. Discordo. Ou então a representante canina que temos aqui em casa veio defeituosa. Qualquer pessoa habituada com ela que chegue ao portão é recebida como se fosse um delinqüente recém foragido. Latir e morder mão é a especialidade dela.
É meio tapada também. Não adianta ensinar, adestrar. Nem na base do grito, da ameaça ela coopera. E tem vontade própria. Vivia de ração mas depois que provou de comida mesmo fez greve de fome. Ficou finíssima, esquelética, quase um etíope. Agora que passou a compartilhar do nosso alimento tá que nem uma bezerra leiteira, um gado de corte pronto pro abate.
Eu não sou chegado a animal, e ela sabe disso. Por isso faz do meu quarto o banheiro oficial. Chego da faculdade tardão da noite e sempre tem uma poça enorme de 'número um' no pé da cama e uma fileira de 'número dois' espalhados pelo chão até a porta, daí ela some e só aparece no dia seguinte com a maior cara de "não é comigo isso".

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