segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

No meio da testa. À ferro e fogo.

O que significa DDA eu descobri há pouco tempo, mas, na verdade, o que descobri mesmo foi que cravei essa sigla na minha história para sempre. Mais precisamente em meados de 2005, quando o tapado aqui adentrou e utilizou como pôde um banheiro do colégio sem reparar que na porta, em letras garrafais, estavam estampadas a vogal "A" precedidas pelas letras "EL" em tons de branco num fundo preto. Inconfundível, certo? Nem tanto, estamos falando de mim. O riso, os espasmos e a cara de :O das moças na saída é algo que vagará na minha mente pelos restos dos meus dias. Sério mesmo. Me distraio, a cabeça só computa as funções do modo automático e fico cego. Tipo, primeiro que eu estranharia a falta de mictório no local, mas não se esqueça do dê-dê-ah e se atenha ao fato de que eu raramente o uso, dando preferência ao cubículo de um metro quadrado de privacidade. Segundo que eu também me questionaria sobre a ausente frangância de uréia recém lançada, em gotas, ao chão, substituída ali pelo ligeiro aroma de Bom Ar e de Pinho Sol nas paredes. Por último que eu também não me perguntei, por um mero segundo, pelo vaso de flores amarelas ao lado da pia, com o qual - e essa a maior prova de que carrego os sintomas de DDA nos couro- me distraí e não dei a menor importância para as mãos que chegaram a minha direita, suspenderam algo que deveria ser uma bolsa sobre o balcão e saiu sob murmurinhos de reprovação e espanto. Isso porque, na real, eu sequer ergui a cabeça pra conferir o reflexo no espelho. Bom, nem isso. Vai saber, né?! Talvez se não fosse pela massa feminina ao redor da porta, quando sai debaixo de vários "iiieeeeiiiiiiii" e dedos me apontando, eu estaria até hoje sem saber que por pelo menos uma vez na vida(que eu saiba), eu freqüentei e utilizei um W.C feminino.

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