quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Pseudo E.Q.M

Vi a luz essa tarde. Pensei que ia, mas voltei. Então é a vista que escurece; os ouvidos que zinem; o corpo inteiro sua, as mãos, o peito, as solas dos pés; aí vem o frio, corre pela espinha, se espalha e depois se acumula nas juntas; você pensa que vai desmaiar, mas o pior de tudo é que não, você fica ligado no 220.
A causa era mais que boa. Doar sangue é bacana. No sentido mais altruísta da palavra. E foi aí que me lasquei. Bom foi. Só não pra mim. E não me avisaram nada. Tipo que eu fui na maior empolgação. Nervoso? O normal. Numa nice fiz um, dois minutos, enchendo meia bolsa e mais um tanto. Já nos minutos seguintes, tive a certeza de que não sei me comunicar em casos extremos. Até sei. Eu sabia. Mas quando a moça de branco me perguntou se eu estava OK, eu não sabia por qual incomodo começar. Era tudo ao mesmo tempo e tão rápido que respondi num dialeto que não sei de onde veio. Mas felizmente a moça entendeu. Isso bastou. Com os movimento de um ninja faixa preta no Pae May, ela arrancou os tubos e eu grogue lá fiquei por mais uns cinco minutos. Covenhamos que o negócio não é tão simples como nos cartazes. Sangue sendo expelido dos vasos em quantidade considerável é o quê? Hemorragia. Aquilo, meu caro, é uma senhora hemorragia. Dá só uma olhada no calibre do torçal. Estilo caneta BIC, ou quase isso. O meu era.
Mas não leve este post em consideração. Doe sangue você também. Se não salvar uma vida, ao menos você descobre, na prática, do que se trata um "desmaio sem perda de sentidos" e de quebra ainda ganha um lanchinho totally free.

2 comentários:

Deise Rocha disse...

ah...
mas que LINDO a tua ação...

sim...
belissímo...


fica bem, viu...
bjaUmmm...

JoaoBoscoJr disse...

menino.....nao eh assim com todo mundo nao. no dia q doei nao senti nada, até desobedecer a mocinha d branco.
ela disse: sente um pouco, nao faça esforço, nem fique proximo a muitas pessoas.
saí d lá na hora, subi 3 lances d escadas e fui assistir aula.
depois disso só sei q disseram q tinham tirado o meu cérebro, no lugar do sangue.