O "apolítico" no meu perfil não é à toa.

Sou apólítico mesmo. Graças a Deus. E num lugar onde tomar partido é colocar em risco a integridade física e moral, literalmente. Interior né?! Cidade pequena. Mente coletiva proporcional, então já viu?! Dá um tema pra estudo científico que é uma beleza...
Qualquer semelhança não é mera coincidência. E eu só não exponho a foto e o trabalho aqui no blog que processo contra danos morais e uso indevido da imagem tá em alta hoje em dia. E sou muito novo pra ser preso.

I-Doser

Sério que isso funciona com alguém?! Mesmo discrente me dispûs a cobaia. Ouvi, tomei e consumi as duas doses free. À princípio me senti meio Alex em "Laranja Mecânica", mas depois lembrei que pra um cético, com relação a esse tipo de poder tecnológico, feito eu isso não rola, não faz efeito. É preciso crer pra ver, e eu sou vacinado já.

Fale com ela

Na visão simplista e crítica de minha mãe:

-Homem mata cobra;
-Touro chifra mulher;
-Menina tá em coma;
-Enfermeiro engravida menina em coma;
-Mulher morre;
-Daí enfermeiro vai preso;
-Mas a menina acorda;
-E aborta;
-Então enfermeiro se mata...

PS - Não sei o que se passa, mas dos filmes que trago pra casa minha mãe só assiste os do Almodóvar. Mesmo sem ter a menor noção de quem seja. Vê inteiro sem dormir (o que é raro, filme pra ela funciona igual Diazepan) e ainda por cima gosta. No cardápio cinematográfico dela é assim: ou tem bicho que fala ou é Almodóvar, mesmo que inconscientemente.

Preciso de um novo método de ensino

Porque o modelo didático que uso há seis meses não funciona e tá freiriano demais. Hoje era dia de "How many", "How much", "There is" e "There are", mole, o basicão - que eu sei que além disso o negócio simplesmente não rola. Ingenuamente começo com a primeira dizendo: "How many doors are there in your house?" e na avaliação escrita eis que me mandam: "Quanto custa a hora na tua lan house". Mas de onde que tiram isso?! Daonde?! O pior é que rima. Tem lá sua lógica, cada um usa a tática que tem. E olha que eu ganho pouco. Mas rio demasiadamente, em período integral. A partir de agora vou tentar um sistema mais militar, uma lavagem cerebral, um tratamento de choque ou algo neo-nazista, só pra ver se dá certo. Se não der, volto contra os princípios e tento alguma didática da Idade Média ou coisa do tipo.

Antes de Partir

Foi o filme do Nicholson que vi hoje. E bastou cinco minutos pra eu estabelecer uma conexão entre ele, o post de ontem (logo abaixo) e o que passei nos últimos dias. Filme pra ver, parar tudo e refletir por três horas seguidas sobre oquidiabo estamos fazendo da nossa vida.

Sobre um sênior de mim mesmo

É o que tenho pensado continuamente. A velhice. Eu velho. Vendo minha geração crescendo, definhando, se desenvolvendo, morrendo. Pensei no meu avô. Pensei na Dercy. Em como terei o dobro, o triplo da rabugice de hoje, da chatice, da preguiça. De querer e não poder, que uma hora o corpo pende. Ombro, costas, cabeça, tudo - tudo mesmo - pende. Sempre o lado mórbido, não dá pra evitar. Não é pessimismo, é aceitar os fatos. É fato.
E cheguei à conclusão de que não sei se quero viver tanto tempo assim... tipo cem, pra quê, né?! Pra fazer o quê?! Sei não. Até choro pos mortem de velho é diferente, mais conformado, mais compreensível, mais aceitável. É menos "ahhh" e mais "pois é, é a vida". Envelhecer é como voltar a ser criança tendo um pai tirano, é se tornar uma árvore, imóvel, distante, de difícil acesso, mas que ainda dá frutos. É chato, cansado, monótono. A não ser que você more na Noruega, ou em qualquer outro lugar com um IDH astronômico, uma QDV absurda, uma C/C obesa e uma disposição física oriental. Daí o discurso é outro.

Pronto. Começou.

Então é isso. Fica combinado assim: nos próximos vinte dias ninguém morre, ninguém rouba, ninguém vai preso, solto, nada de errado no congresso, nada de lei seca, nada de mega-sena, de BOVESPA, de ataques aéreos, terrestres, nada de guerra, de bombas, absolutamente nada. De ruim nada, que estamos de recesso pras olimpíadas. No máximo um caso de dopping confirmado e só.

Enquanto o mundo pega fogo lá fora

Entre buzinas, fogos, jingles, panfletos e promessas, eu convenço o juízo inconformado e ajusto os ponteiros do organismo pra mais seis meses de noites sem fim; de olhos vermelhos e ardidos; de estômago falante e vazio; de punhos e braços doloridos; de cochichos sem fundamento ao pé da mesa; de sono mal dormido; de provas intermináveis; das fugas depois de assinada a freqüência; e de puro e limpo desgaste físico e mental. Ah, como isso fez falta! Como fez! Sério mesmo. Férias me faz mal, pra saúde, pro bolso, pra tudo. Até que se passe uns dias, umas semanas, uns meses, até que a situação aperte de novo, daí a sedução dela reacende.

Pausa para os agradecimentos

Àquela que me transformou num filatelista involuntário já. Àquela que é a mais recente universitária de toda BSB. Àquela que daqui a pouco vira tag neste blog de tanto que a cito.

Eis o selo da vez:

E o que dizem dele: "O Prêmio Dardos tem como objetivo reconhecer os valores que cada blogueiro mostra cada dia em seu empenho por transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc. Que em suma, demonstram sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, e palavras."

E o que eu acho dele: Absolutamente nada. A ressalva aqui é feita apenas pela consideração que, deixo claro, é totalmente recíproca. Grato, Deisinha, mui grato.