quinta-feira, 17 de abril de 2008

Estive preso...

Eu e mais meio mundo de gente que estava no mesmo micro-ônibus que eu (e põe micro nisso) na volta pra casa. Por cerca de uma hora e sem direito a advogado ou ligação. E por quê? Primeiro por excesso de passageiro. Segundo pelo vencimento da carteira do motorista que já tava comemorando bodas de papel. Por último, e não menos importante, pelas duas lanternas queimadas na traseira - e eu pensando calado "só falta ter muamba nesse bagageiro... ou meia tonelada de maconha... e eu tão novo, meu Deus!". Vê bem que aqui tu aprende como é que se põe cinqüenta pessoas num lugar que só cabem vinte e duas menininhas magras e esqueléticas. Em nenhum outro lugar mais. Dos princípios da física a gente quebra boa parte todo santo dia. O da impenetrabilidade já nem existe, dois corpos ocupam o mesmo espaço fácil aqui. Chega no Goiabão, em qualquer dia útil, às dez e quinze da noite, pra sentir o drama. Entrar, é dose; lugar vago, é sorte; e se tu levantar o braço pra coçar a cabeça erguido ele fica até a próxima parada. E o menino chorando, os "crente" orando, o casal brigando e o forró truando. Eita liberdade!!! Que felicidade!!!

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