terça-feira, 3 de junho de 2008

ah meus um e trinta...

Lembra quando o Del Rio custava míseros trinta centavos? E eu tomava litros de mirim todo santo dia. Mirim com pastel, mirim com xilito, mirim com sorvete, mirim com mirim, mirim com nada. Até derramava, depois fazia xilofone com a garrafa, gaita, flauta, sax, sei lá, fazia um som. Era trinta e era justo. Lembra que nota de dois não tinha e a passagem não passava dos zumrial? E pra nós era metade, porque nós era estudante, e caso sobrasse passe escondido no bolso num era nada. Lembra dos outubros ansiosamente esperados? Da feira só perdida uma única vez? Era foda. Lembra que a gente era idiota mesmo e sabia? Que a gente soprava e soprava até desmaiar, que a gente fazia coisa estúpida e num tava nem aí? Que a gente fugia pro centro em dia de prova... Que a gente não recebia advertância, saía cedo na segunda por dor-de-barriga, na quarta por uma batida cabeça, na sexta pela queda da escada... Que os filmes dos trapalhões prestavam, que internet não existia e eu vivia com meus R$1.30 por dia? Lembra? Era bom. Eu curtia. Mas saber eu sabia, que no fundo no fundo, quando a gente chegasse no outro lado da rua, aquilo tudo mudaria.

Um comentário:

Deise Rocha disse...

eu num lembro do mirim não...
mas lembro q com um real se fazia a festa e q com 10 reais, estavamos rico...

e q matar aula era divertido, pq era perigoso... era dificil...

rsrs

éhhh... bons tempos...