sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

O Billy morreu...

Ontem, em pleno natal. Aparentemente foi coisa da idade. O fato é que ele amanheceu o dia meio indo já, arqueado, capenga e ao meio-dia ele se foi de vez. Billy foi o penúltimo agregado da família, depois dele só a cachorra esquizofrênica que minha mãe trouxe pra casa outro dia. Mas ao contrário dela, nossa relação com o Billy era fácil, havia diálogo e a gente se entendia. Billy era filho de mãe doberman e de pai vira-lata, ou era pai doberman e mãe vira-lata, que seja, a questão é que ele não tinha raça definida, era um híbrido, durante a noite depois que as portas se fechavam ele pensava que era pit-bull e agia como se fosse um, pela manhã era um vira-lata muchibento de passar o dia mordendo mosca na calçada. Acho que nesses 7 anos que ele passou por aqui as únicas conversas que tivemos não passava de "sai, Billy!", "pára, Billy!" e "entra, Billy!". Só que ele entendia. E atendia sempre. Sempre que ele queria, do contrário empacava feito uma mula e acabou. E só agora que ele se foi eu percebi que não tem nenhum registro fotográfico respeitável dele, a não ser esse em que ele tava todo orgulhoso, virou as costas e foi embora.

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