segunda-feira, 6 de julho de 2009

Há mais ou menos um ano atrás

Em uma de suas crônicas publicadas semanalmente, Lya Luft relatou que seu pai costumava dizer que ele possuia poucos amigos na vida. E esses se encontravam empilhados e enfileirados nas prateleiras de seu escritório.

Começo a acreditar que existe um tanto de verdade nisso. Livros e amigos (amigos de verdade) nos divertem, nos emocionam, aumentam nosso nível de serotonina de graça e não pedem nada em troca.

Acontece que algumas pessoas, às vezes, não se encaixam nessa categoria. Como já disse em posts anteriores, pessoas podem nos desapontar. Elas conseguem, quando querem, fuincionar como medicamentos depressivos. Livros também, se você for um pouco mais a fundo na história. Só que estes podem ser fechados, esquecidos e rapidamente substituídos, sem deixar a menor ponta de mágoa ou qualquer outra lembrança desagradável desse contato.

Já pessoas não. Elas não são tão descartáveis, mas são completamente imprevisíveis. E até quando agem sem a intenção de magoar, quando falam aquela "bobagem" aparentemente sem maldade nenhuma, podem provocar um desafeto profundo. E vez ou outra esse sentimento retorna pra lembrar que aquela pessoa, mesmo sem querer, pode voltar com as suas. E elas voltam, mais cedo ou mais tarde, e com força o suficiente pra não serem esquecidas.

Um comentário:

Deise Rocha disse...

talvez seja essa a graça - juro q qria outra palavra, mas não saiu - do ser humano...