domingo, 22 de fevereiro de 2009

Sendo bem racional

É mesmo muita pretensão essa dos produtores do Oscar em querer concorrer a duas horas de espaço na grade da Globo em pleno carnaval, e logo na Globo que avacalha toda exibicição do Oscar que se mete a transmitir. E como esse ano fiquei impossibilitado de acompanhar a cerimônia oficial, segue então as minhas apostas, que nesse ano não passam de chutes ao acaso já que ir ao cinema agora é coisa cada vez mais rara pra mim:

Melhor filme:
- “Quem quer ser um milionário?”

Melhor diretor:
- Danny Boyle - “Quem quer ser um milionário?”

Melhor ator:
- Sean Penn “Milk - A voz da liberdade”

Melhor atriz:
- Angelina Jolie – “A troca”

Melhor ator coadjuvante:
- Heath Ledger - “Batman – O cavaleiro das trevas”

Melhor atriz coadjuvante:
- Penélope Cruz - "Vicky Cristina Barcelona"

Melhor longa de animação:
- “Wall.E”

Melhor filme em língua estrangeira:
- "Waltz with Bashir", de Ari Folman (Israel)

Melhor roteiro original:
- “Milk – A voz da liberdade”

Melhor roteiro adaptado:
- “O caso curioso de Benjamin Button”

Melhor direção de arte:
- “O curioso caso de Benjamin Button”

Melhor fotografia:
- “O curioso caso de Benjamin Button”

E se dessas 12 eu acertar no mínimo umas 10, na quarta eu juro que jogo na Mega-Sena.

Convivência + Intimidade = Falta de Respeito

Pra mim é essa a operação que define, exatamente, qualquer relação inter-pessoal. De todos os tipos: namoro, amizade, família, etcétera-etcétera-etcétera. Seja em par, seja em grupo, tanto faz. A regra vale pra tudo.

Deletar

Decerto tem muito brasileiro fazendo boa coisa por aí, mundo afora. Disso não se questiona. Por outro lado, tem gente que faz uma Kgada atrás da outra. E a proporcação que isso alcança é algo que tá fora do esquema tempo e espaço. Não dá pra medir, não dá pra imaginar. E o pior é que é essa a imagem que sempre fica. Ainda mais num continente assumidamente desconfiado da imagem de estrangeiros. Ainda mais de estrangeiros sul-americanos. Ainda mais de estrangeiros sul-americanos brasileiros. Ainda mais de estrangeiros sul-americanos brasileiros completemente perturbados. É, de fato, um caso pra se lamentar. Lamentar até que a mídia se esqueça ou apareça outro pra tomar o lugar. Mas por mim podiam pegar essa história toda, selecionar e apertar o 'Delete'. Assim, pra eternidade.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Das coisas que eu mais temia quando criança

Destaco as seguintes. Exatamente na ordem em que se segue:

5º - Dos sermões (leia-se: chineladas) do meu pai;

4º - De um rato cair do telhado bem em cima da minha rede;

3º - Do velho do carro preto;

2º - Da minha mãe esquecer de me pagar no fim da aula;

1º - De morrer e reencarnar (no auge do meu espiritismo) em outro lugar, longe de casa e da minha família. E o pior: não conseguir lembrar de nenhum deles.

Raiva, ódio, felicidade, ciúmes, alegria...

Nada disso. Estou convencido que de todos os sentimentos que uma pessoa possa sentir em potencial pelo menos uma vez na vida, a paixão - ou amor se assim o preferir - é o mais público e evidente deles. E a mensagem pessoal no msn de cinco dos meus oito contatos on-line neste momento só confirma ainda mais essa constatação:

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Quero um emprego novo

Daqueles típicos de revista de turismo. Que te jogam estrada afora com uma câmera, um laptop e um cabo USB na mão pra escrever de vez em quando aquelas velhas matérias que só se lê em salas de espera do tipo:"lugares pra se conhecer antes de morrer", ou "o melhor de..." ou ainda "as 10 melhores praias/serras/restaurantes/hotéis", enfim. Quero mesmo é viajar, e de quebra ainda receber no fim do mês. Será que é pedir muito?

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Lost... com um ano de atraso.

Agora que finalmente pûs um ponto final na quarta temporada e aguardo, desesperadamente, que o PC dê conta - e rápido - dos arquivos da quinta, posso afirmar com toda certeza que o melhor, de longe, de perto, de lado, de cima, de qualquer perspectiva, nos episódios que vi até hoje foi, seguramente, o telefonema do Desmond à Penny oito anos depois de tudo o que aconteceu. Numa série forrada de balas, fumaça, socos, saltos e afins, são cenas desse tipo, de puro e simples diálogo junto de uma baita duma edição, que compensam todos esses meses de espera. Lost poderia ter terminado exatamente aqui que eu juro que não reclamaria.

-Eis o diálogo:

PENNY: Hello?

DESMOND: Penny?

PENNY: Desmond?

DESMOND: Penny...Penny, you answered. you answered,
Penny!

PENNY: Des, where are you?

DESMOND: I'm...I'm on a boat. Um...I've been on an
island, and--- Oh, my god, Penny. Is that really you?

PENNY: Yeah! Yes, it's me!

DESMOND: You believe me? You still care about me?

PENNY: Des, I've been looking for you for the past
three years. I know about the island. I've been
researching---(static)---and then when I spoke to your
friend Charlie, that's when I knew you were still
alive. That's when I knew I wasn't crazy. Des, are you
still there!?

DESMOND: Yes, yes, I'm here! I'm still here, can you
hear me?

PENNY: Yeah, yeah, that's better.

DESMOND: I love you, Penny. I've always loved you. I'm
so sorry. I love you!

PENNY: I love you too.

DESMOND: I don't know where I am, but--

PENNY: I'll find you, Des--

DESMOND: --I promise--

PENNY: --no matter what--

DESMOND: --I'll come back to you--

PENNY: --I won't give up--

BOTH: I promise. I love you.

-E a cena devidamente youtubada:

domingo, 1 de fevereiro de 2009

É só que...

Hoje, 1º de fevereiro, me declaro livre das férias e preso de volta à rotina. Bendita rotina que já não me vejo sem. Reclamo de besta, de exagerado, mas a verdade é essa: minha rotina é algo de que não consigo viver sem. Sou metódico mesmo. Assumido. E muito bem com isso, obrigado. Férias não é comigo. Parei com essa brincadeira faz tempo. A de julho é um saco. Dezembro e janeiro então... putz. Quero é voltar aos meus textos e trabalhos chatos que prezo tanto. Tomo-os como quem toma um remédio amargo, sabendo que no final das contas me fará bem, ou não. Pelo menos é o que dizem. Mas é mais fácil pensar assim.
Só sei que amanhã, segundona, madrugando e resmungando, vou levantar lembrando os tempos de infância, do rádio que me acordava e do cheiro de material novo. E esquecendo do tempo que passou, vou seguindo com o de agora, reclamando da chuva, do preço da passagem, do horário, do tédio, de tudo. Tal qual faria o velho ranzinza que é hóspede de mim.