quarta-feira, 15 de julho de 2009

Não diferente de muita gente

Eu também compartilho da opinião de que é um baita preconceito julgar qualquer coisa/pessoa assim logo de cara. Sem saber quem é ou do que se trata na verdade. Mas se eu fosse numa livraria e cometesse a burrice de escolher um volume pela capa, seria esse o livro que eu levaria pra casa. E não teria sido desperdício de tempo nenhum, teria sido um tiro no escuro muito bem dado. E pra minha sorte, foi exatamente o que aconteceu. "Os homens que não amavam as mulheres" não tem só uma estética muito bem feita, como também tem um conteúdo bastante forte - e polêmico até - que além de ser original e de causar um certo impacto em algumas passagens, dá gosto de se acompanhar.

E mesmo tendo uma fórmula já até meio velha e desgastada, a história se segura justamente nisso, nesse suspense batido - mas que funciona - pra te manter preso ali por mais de quinhentas páginas. O bom é que apesar de ser aparentemente longo demais, não há espaço nem tempo pra enrolação, a história flui rápido numa teia que começa complicada, mas que depois se encontra e passa a fazer todo o sentido.

É leitura fácil e ágil, mas bem amarga também. Realista, tenso e que mexe primeiro com o estômago pra depois fazer efeito no corpo todo. Indo de política, tecnologia, disputas industriais e economia pra chegar em abuso sexual, torturas de todos os tipos, crimes, vingança, incesto... enfim, nada muito diferente do mundo como conhecemos hoje, mas que muitas vezes fazemos questão de não ver.

Um comentário:

Deise Rocha disse...

tá anotado na lista...